Preocupado com a desaceleração da economia, o governo brasileiro já estuda medidas para estimular o crédito e o consumo das famílias. Segundo apurou a repórter Adriana Fernandes, da Agência Estado, uma delas é a redução da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incidente nas operações de crédito feitas por pessoas físicas. Em abril deste ano, Mantega dobrou a alíquota do IOF de 1,5% para 3% para moderar o consumo e, agora, deve reverter a medida. A decisão deve ser anunciada no fim desta semana ou no início da próxima.
Na área do crédito, o BC já reverteu parte das medidas macroprudenciais de aperto do crédito que foram adotadas no início do ano para esfriar a economia. Em outra frente, o BNDES também está discutindo com o BC mecanismos para financiar as empresas nacionais que operam fora do Brasil.
Nesta quarta-feira, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, confirmou que o governo deve anunciar, “no máximo até a semana que vem”, medidas para estimular o crédito. “O que estamos discutindo e a Fazenda está preparando tem mais a ver com crédito. Vamos levantar um pouco as restrições de crédito que tinham sido feitas no início do ano, as tais medidas macroprudenciais”, afirmou, após participar da solenidade de abertura da Conferência Américas +10.
Reunião do COPOM
O Banco Central anunciou ontem quarta-feira (30) o terceiro corte consecutivo de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros, que caiu para 11% ao ano. A decisão foi unânime.
Esta foi a última reunião neste ano do Copom (o comitê que define a trajetória dos juros no Brasil), que volta a se reunir no dia 17 de janeiro.Segundo o comunicado da autoridade monetária, “o Copom entende que, ao tempestivamente mitigar os efeitos vindos de um ambiente global mais restritivo, um ajuste moderado no nível da taxa básica é consistente com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012″.
O corte dos juros já era esperado pelo mercado financeiro. A expectativa dos analistas agora é que o BC faça mais três reduções no início de 2012, o que traria a taxa básica para 9,5% ao ano.
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