A hipertensão afeta o humor, a relação com o parceiro e o trabalho para 75%, 57% e 64% dos que sofrem da doença, respectivamente. Estes são alguns dados de uma pesquisa feita em outubro com mais de 4.500 hipertensos no brasil, frança, alemanha, itália, japão, espanha, reino unido e estados unidos. O estudo foi realizado pela campanha “power over pressure – vencendo a pressão”, que tem a chancela da sociedade europeia de hipertensão e da sociedade americana de hipertensão. Metade dos pacientes tem a pressão descontrolada (tomam um, dois ou nenhum medicamento para a hipertensão) e metade é resistente ao tratamento (tomam três ou mais medicamentos).
Entre os que se enquadram na segunda categoria, 65% disseram que a doença é sua maior preocupação de saúde. E 84% gostariam que existisse uma forma mais fácil de controlar a pressão arterial. Há uma justificativa para isso: 75% se preocupam quanto ao grande número de medicamentos que estão tomando.
Os hipertensos resistentes também sofrem mais de outras doenças relacionadas, como diabetes do tipo 2 (21% contra 14% dos descontrolados), doenças cardíacas (26% contra 12%) e obesidade (37% versus 26%). Cerca de dois terços, ou 67%, reclamam que a qualidade de sua saúde é regular ou ruim.
De acordo com Suzanne Oparil, vice-presidente da “Power Over Pressure”, o número de pacientes resistentes ao tratamento aumentou 62% nos últimos 20 anos. Hoje são quase 100 milhões de pessoas no mundo. Para Luiz Bortolotto, diretor da Unidade de Hipertensão do Instituto do Coração (Incor), de São Paulo, pacientes e seus médicos devem buscar melhores resultados por meio de estratégias de tratamento novas ou mais eficazes.
Confira, abaixo, dados do Brasil comparados aos dados globais (lembrando que sete dos oito países da pesquisa são desenvolvidos).
Fonte: Época
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