Tucanos e democratas que conversaram com José Serra nos últimos dias dizem que ele não rejeita mais a possibilidade de se candidatar a prefeito de São Paulo no ano que vem. O governador do Estado, Geraldo Alckmin, avalia que Serra aceitará concorrer em outubro de 2012. Essa é a principal razão para Alckmin jogar pelo adiamento de uma decisão do PSDB paulistano. Na visão do governador, o partido não tem hoje outro postulante com chance de vitória.
Desde a derrota presidencial no ano passado, Serra alimenta o desejo de concorrer pela terceira vez ao Palácio do Planalto. Ele foi o candidato tucano em 2002 e 2010. Mas o PSDB nacional está cada vez mais fechado com o projeto de lançar o senador mineiro Aécio Neves em 2014.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso acredita que a vez é de Aécio. Muitos outros caciques do tucanato paulista passaram a pensar o mesmo. Até aliados do governador paulista dizem que o caminho natural de Alckmin é a reeleição.
Trocando em miúdos: a pista presidencial no PSDB está interditada para Serra.
Nesse cenário, perde força o argumento de aliados de Serra de que a candidatura a prefeito o tiraria da corrida pelo Palácio do Planalto. Na prática, ele está fora desse páreo.
Na opinião de serristas mais aguerridos, se o ex-governador optar pela prefeitura paulistana, dará o passo definitivo para encerrar a carreira. Mas, como Aécio é o virtual candidato a presidente, ficar sem mandato seria um fim de carreira pior ainda.
Formado em Geografia pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), professor da rede publica.
Tenho experiência também em colégios particulares e sou especialista em Assessoria de Comunicação pela UNP.
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