A presidente Dilma Rousseff lançou hoje um pacote de ações de combate ao crack e outras drogas, com investimento previsto de R$ 4 bilhões até 2014. Entre as ações programadas estão a instalação de enfermarias em hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) focadas em atendimentos de usuários de drogas, criação de consultórios de rua em locais de maior incidência de crack e a intensificação de ações de inteligência de combate ao tráfico.

Em seu discurso, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, admitiu que o País vive uma “epidemia de crack”. “Há uma variação não usual do número de casos com aumento da distribuição, atingindo regiões e grupos que não atingiam antes, essa é a situação do crack no nosso País”, afirmou.

O ministro disse que é preciso “distinguir” a ação rigorosa da polícia, voltada para o traficante, do tratamento que deve ser conferido ao usuário e dependente de drogas. Com os consultórios de rua, o governo pretende aperfeiçoar os mecanismos de internação involuntária. “Temos diretrizes claras da Organização Mundial da Saúde, do Ministério da Saúde, do próprio Estatuto da Criança e do Adolescente, que orientam os procedimentos para internação involuntária. O Ministério da Saúde vai financiar consultórios na rua, em parceria com Estados e municípios, para que avaliação seja feita por profissionais de saúde, com capacidade de evoluir individualmente as pessoas e as colocarmos em unidades adequadas para abrigamento, acolhimento”, explicou Padilha.

Também foi anunciado pelo governo que os Centros de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas (CAPSad) vão funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana. O objetivo é garantir 175 unidades em todo o País. O pacote prevê ainda instalação de câmeras de monitoramento em áreas de concentração de uso de drogas, como forma de prender traficantes e combater organizações criminosas.

 

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