Os líderes do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira, e no Senado, Álvaro Dias, protocolaram, nesta quarta-feira, representação no Ministério Público Federal do Distrito Federal contra o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel. No documento, eles solicitam a abertura de inquérito civil para a apuração de suposta prática de improbidade administrativa, consistente em “enriquecimento ilícito decorrente de tráfico de influência”.

Na representação os parlamentares oposicionistas lembram que o MP decidiu pela abertura de inquérito civil para apurar prática de improbidade administrativa por parte do ex-ministro da Casa Civil, Antonio Palocci.

Palocci pediu demissão após denúncia de que havia faturado R$ 20 milhões como consultor de empresas. “Passados pouco mais de cinco meses, a história se repete, agora com outro ministro deste governo, o senhor Fernando Pimentel”, destacam na representação.

Os líderes do PSDB transcrevem matérias publicadas na imprensa, segundo as quais o ministro Pimentel “faturou pelo menos R$ 2 milhões com sua empresa de consultoria, a P-21 Consultoria e Projetos Ltda., em 2009 e 2010, entre sua saída da Prefeitura de Belo Horizonte e a chegada ao governo Dilma Rousseff”.

E também destacam que os dois principais cliente do do então ex-prefeito foram a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e o grupo da Construtora Convap”, tendo a federação pago R$ 1 milhão por nove meses de consultoria, em 2009, e a construtora outros R$ 514 mil, no ano seguinte”.

Para o líder Duarte Nogueira, há semelhanças entre o caso Palocci e as denúncias contra o ministro Pimentel. “É absolutamente necessária a investigação em relação às denúncias. Não se pode ter um ministro sob suspeição. A base governista impediu hoje que aprovássemos a convocação para que o ministro viesse prestar esclarecimentos à Câmara. Agora, estamos recorrendo ao Ministério Público e ao Conselho de Ética”, disse.

Fonte:Jornal do Brasil

 

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