Neto de Cecília e agente responsável também pela negociação do espólio de Bandeira e Lessa, Alexandre Carlos Teixeira anunciou na segunda-feira (5) os novos planos. Em um prazo de 40 meses, a editora pretende reeditar 38 volumes de prosa e poesia de Cecília Meireles. Está prevista ainda a edição de novos títulos voltados ao público infantil e jovem. “Coisas a serem garimpadas no enorme baú que ela deixou”, diz Luiz Alves Junior, diretor da casa editorial. Prevê-se ainda a publicação em novas plataformas como e-books e audiobooks. Além da encomenda de biografias dos três escritores. “Estamos em busca dos autores”, comentou Alves Junior.
De Manuel Bandeira, devem sair 23 reedições e 13 novos títulos. Até abril, os clássicos “Estrela da Manhã, Estrela da Tarde” e “Itinerário de Pasárgada” estarão disponíveis, todos lançados em volumes independentes e não no formato da coletânea Estrela Da Vida Inteira, que a José Olympio e, posteriormente, a Nova Fronteira popularizaram. “Iremos desmembrar e retomar os livros originais, tais como foram concebidos”, disse o diretor editorial Jeferson L. Alves. Além de poeta, Bandeira foi exímio cronista. Belos – e esgotados – livros de crônicas, entre eles “Andorinha, Andorinha” e “Flauta de Papel”, também devem voltar às prateleiras.
Menos conhecido entre os três, Orígenes Lessa terá 34 obras reeditadas – além de sete novidades no forno. Neste caso, porém, muitos dos relançamentos terão um sabor de quase ineditismo. É o caso de “Omelete em Bombaim”, seleta de contos que estava fora de catálogo há quase 40 anos.
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