Dora Kramer

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior chega ao fim da semana mais enrolado do que quando começou a se explicar sobre suas atividades como consultor no período entre o fim da gestão como prefeito de Belo Horizonte e a eleição de Dilma Rousseff.

Sobre o caso Fernando Pimentel incidem basicamente duas dúvidas: se houve tráfico de influência e qual a natureza precisa dos serviços prestados em consultoria.

Até agora nenhuma delas foi dirimida. Ao contrário: quanto mais o tempo passa, quanto mais se fala, mais aparecem novos aspectos, mais se complica a situação do ministro que à primeira vista não parecia assim tão complicada.

Hoje, a avaliação no governo e nos partidos aliados é a de que o cenário da fragilização de Pimentel está irremediavelmente posto. Alvo da desconfiança de ter sido favorecido e de ter favorecido empresários, perdeu as cordas vocais para atuar como interlocutor desse setor.

O fato de o governo ter orientado sua base parlamentar a rejeitar convocação do ministro para falar na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara não ajudou a desanuviar o ambiente.

Aqui, de novo, deu-se o oposto: alimentou-se a impressão de que o caso de Pimentel guarda desconfortável semelhança com o de Antônio Palocci. – O Estado de S.Paulo

 

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