O anúncio da morte do ditador norte-coreano Kim Jong-Il feito nesta segunda-feira, desencadeou o aumento da tensão na Península da Coreia, sobretudo na região da fronteira entre Coreia do Norte e Coreia do Sul. As incertezas quanto ao futuro da nação comunista sob o comando do obscuro Kin Jong-un filho caçula de Jong-Il nomeado seu sucessor, levaram o presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-Bak, a colocar em “alerta de emergência” todos os integrantes de seu gabinete e os altos oficiais das Forças Armadas sul-coreanas.
A ordem é para os militares estarem preparados para evitar qualquer tipo de situação problemática caso a Coreia do Norte decida fazer alguma manobra militar. “Não considero que a Coreia do Norte possa se permitir a fazer uma provocação nesta altura, mas precisamos ter certeza de que tudo está bem”, disse o cônsul sul-coreano em Nova York, Kim Young-mok, à rede americana CNN. Apesar de analistas e membros do governo sul-coreano considerarem improvável uma ação militar do vizinho do norte neste período de transição de poder, a Coreia do Sul prossegue em estado de total atenção.
Do lado norte da fronteira, vieram ao menos dois sinais que justificam as preocupações sul-coreanas. Um comunicado oficial do comitê responsável pelo funeral de Kim Jong-Il, presidido pelo novo chefe de estado Kim Jong-un, incentivou o aumento da “capacidade militar” da Coreia do Norte para defender o regime de possíveis ameaças. ”Nós devemos aumentar a capacidade militar do país de todas as formas possíveis para assegurar confiavelmente o sistema socialista norte-coreano e os ganhos da revolução”, diz a nota. Além disso, poucas horas depois que a morte de Kim Jong-Il foi revelada, foi detectado um teste com um míssil norte-coreano. Um fonte oficial da Coreia do Sul, citada pela agência de notícias “Yonhap”, declarou que o míssil caiu no mar, mas não revelou a localização exata. O lançamento, segundo a mesma fonte, não teria relação com o desaparecimento do ditador.(Veja)
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