Muita gente já participou de ações de alguma marca nas redes sociais, como concursos culturais, sorteios, estímulo ao uso de aplicativos que permitem customizar um produto, oferecimento de descontos a quem é seguidor da companhia, etc. É que as empresas têm plena consciência do enorme mercado que este ambiente representa. Segundo a IBOPE Nielsen Online, 77,8 milhões de pessoas têm acesso à web no país e mais da metade delas (40,8 milhões de usuários) acessam sites de relacionamento como Facebook, Orkut, Twitter, entre outros*. Todas não só querem ficar em evidência, como testam, cada vez mais, sistemas para fazer negócio nas redes. A grande novidade para 2012, no entanto, é que o usuário progressivamente deve sair da posição meramente receptiva para se tornar uma espécie de ‘microempresário’ virtual. Graças a aplicativos disponíveis no mercado, ganhar dinheiro neste ambiente já é algo possível hoje – e especialistas ouvidos pelo site de VEJA apontam que essa tendência terá maior relevância daqui para frente.
Já é possível montar uma loja virtual dentro do Facebook para vender os próprios produtos. Empresas, como a brasileira Like Store, fornecem as ferramentas para o desenvolvimento do ambiente de compra. O próprio Facebook oferece um aplicativo, chamado Market Place, que funciona mais ou menos como uma página de classificados de jornal: o usuário anuncia a venda de seu celular antigo, de um carro ou pode até mesmo postar uma vaga de emprego. Mas uma tendência que ganha força neste ambiente é a de pessoas usarem a rede para fazer comércio sem que sejam donas do que é vendido. Podem simplesmente ser curadoras comissionadas de produtos comercializados por outras empresas – ganhando um porcentual da venda cada vez que um amigo adquire um produto movido por sua recomendação.
A brasileira Boo-Box – empresa de tecnologia de publicidade para mídias sociais – começou a desenvolver e testar sistemas que permitem esse tipo de comércio consumidor-consumidor no Facebook. A ideia é estreitar a relação das empresas com seus clientes, agregando a este esforço a inteligência dos usuários da rede. Aquele que é considerado por seus amigos como um especialista em determinado assunto poderá, com o ajuda da Boo-Box, ser comissionado ao vender produtos ou mesmo ser remunerado por realizar comentários, fazer avaliações e tecer sugestões sobre bens e serviços.
No exterior, há também iniciativas interessantes. A americana Converse All Star, por exemplo, testa um aplicativo que transforma o usuário do Facebook num designer da empresa. Com a ajuda do programa, é possível desenhar pares personalizados do famoso tênis para depois vendê-los aos amigos.(Veja)
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