Era 1989, 2 de agosto, e a música brasileira perdia seu mais importante nome. Aquele que impactara todo um país, influenciara os demais segmentos culturais ao seu redor e resgatara o orgulho de ter nascido no Nordeste Brasileiro. Seu nome era Luiz, e parece que este nome é predestinado. Nossa literatura tem um Luis Jardim, que está chegando ao seu centenário. E na presidência tem outro Luiz que nasceu por aqui.
Mas este Luiz da música é o nome a ser homenageado agora, e é bom que o Nordeste se prepare para cantar seu centenário de vida daqui a dois anos, com a força e criatividade que o Mestre merece.
Garanhuns também tem seus motivos para homenagear. Da boca de Luiz, Garanhuns ficou famosa como uma cidade de atrativos turísticos e de clima frio, na imortal “Onde o Nordeste Garoa”, de Onildo Almeida.
Precisamos de projetos, e que nossos artistas e produtores culturais entrem em ebulição. Não podemos somente esperar pelo poder público, seja municipal ou estadual, que deveriam agrupar e fomentar. Precisamos nós, criar e exigir os mecanismos de gerar cultura, sob pena de ver o centenário de Luiz Gonzaga e de Luís Jardim passar em brancas nuvens.
Que me desculpem os Chicanos, Jobinianos, Caetanos, entre outros fulanos, mas ninguém foi mais importante para a cultura nacional e nossa identidade que o Velho Lula. E como é bom saber que somos um país abençoado com tantos excelentes compositores e intérpretes, é pena ver alguns enclausurados hoje enquanto as rádios privilegiam a música internacional ou a nacional de qualidade horrenda.
Quem foi que disse que forró só pode tocar quando amanhece o dia ou quando o sol se põe. Tem que tocar o dia todo, a qualquer hora. O povo gosta de Flávio José, Santanna, Jorge de Altinho, Petrúcio Amorim, Maciel Melo, Elba Ramalho, Trio Nordestino, Gláucio, Mourinha, Alceu, Nando Cordel, Dominguinhos, entre tantos outros.
 

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