O presidente da CBF, Ricardo Teixeira,  recebeu pagamentos em uma conta secreta em Liechteinstein de US$ 9,5 milhões da empresa ISL entre agosto de 1992 e 28 de novembro de 1997. As remessas seriam feitas com valores de US$ 250 mil cada, em 21 parcelas em uma empresa fantasma registrada num paraíso fiscal. A acusação foi ao no último domingo na rede BBC e publicados no prestigioso jornal de Zurique, Tages-Anzeiger.

A emissora britânica revelou o pagamento de mais de US$ 100 milhões em propinas entre a ISL e a Fifa, por meio da criação de empresas fantasmas por parte de membros do Comitê Executivo da entidade. Em um documento obtido pela BBC, 175 pagamentos de propinas são descritos pela ISL aos membros da Fifa. Parte delas iriam para o que a BBC chamou de “o homem encarregado da próxima Copa do Mundo, no Brasil em 2014. Ele é Ricardo Teixeira”.
A empresa que recebeu propinas e que aparece na lista revelada ontem é a Sanud, com base no principado de Liechtenstein e um dos principais paraísos fiscais do mundo, a apenas alguns quilômetros da sede da Fifa em Zurique. Mas a BBC descobriu que se trata da mesma companhia que a CPI do Futebol no Brasil já havia indicado como tendo participação de Teixeira.
Agora, as revelações apontam para Teixeira, considerado como potencial candidato para a presidência da Fifa em 2015. Segundo o Tages Anzeiger, uma empresa de fachada em Liechtenstein teria sido criada para receber os recursos. A empresa seria a Sanud Establissement, registrada na cidade de Domizil, no principado de Liechtenstein.
O autor da reportagem, Jean Francois Tanda, explicou ontem ao Estado que teve acesso a documentos internos da ISL que mostrariam os depósitos para a Sanud. Em uma das linhas do documento, o nome da empresa aparece ao lado de uma menção à Adidas, com um valor de US$ 100 mil. Os mesmos documentos foram obtidos pela BBC.

Fonte: G 1