Os fatos relacionados à Operação Hígia levantam uma preocupação: em quantos outros órgãos públicos o suposto esquema teria funcionado? A preocupação é justificada, afinal quem narrou os fatos na saúde, garante que ocorria o mesmo em outras secretarias. Anderson Miguel, que delatou o esquema nos contratos de serviços com a Sesap, evita ser mais preciso nas denuncias, mas garante: “Se eu abrir a boca, o Estado fecha”. O Ministério Público vê indícios de fatos semelhantes em pelos menos outra secretaria:Educação.

Sobre a atenção dada às acusações e menções ao seu nome, Vilma contesta: “Não é admissível que meras afirmações, oriundas de quem quer que seja, destituídas de qualquer tipo de comprovação fática, e baseadas, quando muito, em simples suposições ou “achismos”, sirvam para causar constrangimento a pessoas de bem. É muito fácil para os que querem somente me prejudicar lançar acusações ao vento”. Acerca do trabalho da imprensa, vai além: “Saibam os que tentam envolver a mim, minha família, auxiliares e amigos nessa situação toda que a pirotecnia de certas manchetes, por mais que machuque, passa. Apesar de violentas, o tempo me ensinou que elas não resistem ao sopro dos fatos”. Por fim, a ex-governadora garante que não irá deixar se abater: “Ninguém vai acabar com minha história, meu idealismo e todo o tempo que dediquei à vida pública”. O Novo Jornal circula neste sábado com uma reportagem completa sobre a Operação Hygia.