Gerou-se uma grande algazarra em torno dos vazamentos de documentos da diplomacia americana pelo site especializado Wikileaks.
Após semanas de publicação e centenas de milhares de documentos, pode-se tirar até uma conclusão de tudo que foi mostrado: a diplomacia americana é certinha demais, amena demais, por vezes até ingênua.

Percebeu-se o quanto a nossa diplomacia pratica jogo duplo: uma conversa para os brasileiros, outra para os estrangeiros, como no caso do acidente da Gol, onde a justiça brasileira foi pressionada pelos próprios diplomatas daqui para libertarem os pilotos do jatinho envolvido em tal ocorrido, não pelos americanos, incrível, né?
Também soube-se da fanfarrice de Nelson Jobim prometendo receber as Farc à bala, quando se sabe que o PT ( e esse já engoliu o Estado Brasileiro) é comprometido oficialmente em defender esse grupo de bandidos, através do Foro de São Paulo.
Viu-se que até os vizinhos do Irã não o querem com armas atômicas. O rei saudita chegou a pedir aos americanos para ” cortarem a cabeça da cobra”.
falou-se do asilo dado pelo nosso governo a um representante das Farcs por ideologia, nada novo até aqui.
Os emails também falaram da crescente importância do Brasil no tráfico de drogas sulamericano, revelaram que grande parte desse governo odeia os EUA e outras coisas que estamos carecas de saber.

Falou-se da falência e vulnerabilidade do tráfego aéreo no país. Do desconhecimento do governo americano sobre assaltos e mortes do VAR-Palmares e COLINA, grupos guerrilheiros onde Dilma Ducheff militava e cometia crimes ( cadê o cofre do Adhemar?), falou-se também sobre o bufão Hugo Chávez, considerado pelos americanos ” cão que ladra muito mas não morde”, da pressão sobre a venda de caças F-18 Hornet e além.
Lá estavam também informações sob a rejeição a um pedido do governo norte-americano para que o Brasil recebesse prisioneiros mantidos no campo de detenção de Guantánamo em 2005. Na época, Washington procurou vários países para tentar reassentar os presos por suspeita de crimes relacionados com o terrorismo. A informação foi confirmada pelo ministro Celso Amorim.
Outros documentos afirmam que a Polícia Federal brasileira prendeu muitas vezes pessoas que tinham ligações com o terrorismo, mas os acusou de crimes que não eram relacionados ao tema para evitar “estigmatizar a comunidade muçulmana do Brasil” ou prejudicar a imagem do território como um destino turístico ( pagaremos o preço no futuro).

Citei aqui algumas das informações contidas nos ”bombásticos” emails confidenciais. Nada demais, como se percebe. O Wikileaks fez mais barulho do que chocou pelos conteúdos. No mais, apenas opiniões, alfinetadas em líderes, chacota com outros; traços de uma diplomacia até meio boba mas atenciosa.
Seria um grande feito para o Wikileaks vazar documentos de outras diplomacias e seus segredos,tais como: da China, do Brasil, do Irã, de Cuba e ademais, pois esses americanos estão muito caretas.
Imaginem o que a diplomacia brasileira não fala às escondidas com Ahmadinejad? E quais são os emails trocados entre Fidel e Huguito?
O que será que Celso Amorim confidenciava com os terroristas do Hamas à época da abordagem da balsa turca? Esses emails, sim, dariam o que falar.

Fonte: Rafael Brasil