O secretário-geral da Presidência, ministro Gilberto Carvalho, vai conversar separadamente com cada uma das seis centrais sindicais antes da reunião geral marcada para sexta-feira, quando deverá ser fechado o acordo sobre o reajuste do salário mínimo. Hoje, a conversa foi com a Força Sindical e contou com a participação do ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Segundo o presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Perreira da Silva, o Paulinho, o ministro Mantega está apelando às centrais que aceitem o valor proposto pela área econômica, de R$ 545, “com o argumento da responsabilidade fiscal, da questão dos gastos, que o governo vai ter de fazer contingenciamento”.

Em compensação, segundo Paulinho, a equipe econômica do governo poderia discutir a correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física. Conforme o dirigente sindical, o ministro Mantega disse, na reunião, que o salário mínimo acima dos R$ 545 seria visto como gasto e criaria expectativa de mais inflação pelo mercado.

O sindicalista respondeu que, para a Força Sindical, é muito difícil fazer um acordo que não contemple o reajuste maior do salário mínimo. Segundo o presidente da Força, o governo também precisa enviar ao Congresso, junto com a medida provisória do salário mínimo, a formalização da política de valorização do mínimo com base na variação do Produto Interno Bruto (PIB).

_ Queremos que a presidenta Dilma mande na medida provisória o atual acordo, que tem como base de reajuste a inflação mais o PIB do ano anterior. Queremos que ela coloque essa política na medida provisória que será enviada ao congresso para que possamos aprová-la e ter validade para os quatro anos _ afirmou.

Fonte: Agência Brasil