Perguntado se a nova legenda apoiará o governo da presidente Dilma Rousseff, o prefeito paulista saiu pela tangente: “O partido nasce independente”, respondeu, explicando que os parlamentares que fizeram campanha ao lado da petista “terão total liberdade para continuar apoiando o governo dela”. Quem não a apoiou, está liberado para votar a favor dos projetos “que estiveram de acordo com suas convicções”, resumiu.

No discurso de lançamento da nova sigla, Kassab disse aos cofundadores que o PSDB está disposto a ajudar a presidente Dilma: “Queremos ajudá-la a governar, torcemos para que o seu governo dê certo. Mas isso não significa atrelamento. Campanha é campanha, governo é governo”, avisou o prefeito, sinalizando que o PSD já nasce de olho nas eleições de 2012 e, principalmente, 2014.

O vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, disse que a expectativa é recolher as 500 mil assinaturas em até 90 dias. O objetivo é registrar o partido junto à Justiça Eleitoral até julho, quando se pretende eleger a Executiva Nacional.

Kassab adiantou que não será o presidente nacional da sigla, porque considera a função “incompatível” com seu mandato à frente da Prefeitura de São Paulo. Mas afastou especulações de que o cargo estaria reservado para a senadora Kátia Abreu (TO), de saída do DEM. “Seria um desrespeito definir isso sem ouvir os demais companheiros”, afirmou.

Com a adesão inicial de 31 deputados federais, o PSD já nasce com uma bancada maior que a de legendas de médio porte, como PDT e PPS. A expectativa é atingir 40 deputados federais. A sigla nasce, ainda, com um governador (Omar Aziz, do Amazonas), cinco vice-governadores, dois senadores (Kátia Abreu e Sérgio Petecão, do Acre), dezenas de prefeitos e deputados estaduais.