A TV Globo exibiu ontem à noite uma bela reportagem sobre o Dia do Livro. Mostrou que apesar da televisão, do rádio, do DVD, da internet e toda parafernália eletrônica o livro continua indispensável. Outro dia citei aqui a  autobiografia de Li Cunxin, um chinês que saiu da pobreza do seu país e se tornou um bailarino de renome internacional. Nenhuma reportagem de TV, nem mesmo uma boa produção cinematográfica irá substituir o que foi escrito pelo asiático, hoje ocidentalizado.
Nunca nenhum diretor conseguiu transportar o talento de Machado de Assis para a telinha ou para a tela grande. Nenhum dos grandes romances do russo Dostoiévski rendeu uma obra prima no cinema. E além da Literatura, temos os livros de História, Religião, Filosofia, Sociologia, Matemática, Geografia e Ciências em geral. Livros alimentam o espírito, a inteligência, afastam os homens da bárbarie, erradicam a ignorância e a miséria intelectual. Infelizmente, no Brasil temos menos bibliotecas, menos livrarias e menos leitores do que na Europa, nos Estados Unidos e perdemos até para alguns países da América Latina.
Essa é uma das razões de nosso atraso em muitas áreas. Monteiro Lobato , o imortal escritor brasileiro, escreveu muito tempo atrás que um país se faz com “homens e livros”. Esta frase continua atual, os seres racionais continuam precisando da boa leitura, sem ela se nivelam aos brutos, aos animais, aos pré-históricos. Quem despreza um bom livro é antes de tudo um homem (ou mulher) incompleto (a). Sabe menos e às vezes imagina saber mais. Parafraseando Lobato: Uma nação se constrói com homens e ideias. E essas estão sobretudo nos livros.