O grupo Wikileaks, que ganhou notoriedade por divulgar documentos secretos de diplomacias de todo o mundo, ironizou ontem em seu Twitter as declarações do senador José Sarney sobre o sigilo sobre os documentos do período da ditadura e, por consequência, a própria postura do governo. Em uma mensagem colocada no ar ontem, o grupo liderado por Julian Assange usou justamente a frase de Sarney para mostrar sua oposição à postura do governo. “Não podemos fazer o Wikileaks da história do Brasil”, disse Sarney, cuja frase foi divulgada pelo próprio grupo ao mundo inteiro para quase um milhão de pessoas. O lema do grupo não poderia ser mais explícito: “Nós abrimos governos”.

Assange preferiu não se pronunciar de forma mais detalhada sobre a decisão do governo de Dilma Rousseff de manter fechado os documentos da época da ditadura. Mas repetiu em diversas ocasiões que seu objetivo é o de levar aos cidadãos documentos que de fato mostram a natureza dos governos e que “revelem a verdade sobre o mundo” a milhões de pessoas.