Os Estados Unidos e a África do Sul chegaram a um acordo de última hora, permitindo a liberação de US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 2,4 bilhões) de bens congelados do regime de Muammar Kaddafi como ajuda financeira aos rebeldes líbios. A decisão evitou que o assunto fosse votado pelo Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).

Esses bens foram congelados no dia 26 de fevereiro por uma resolução das Nações Unidas que impôs severas sanções ao governo líbio, sua família e pessoas próximas, em resposta à brutal repressão contra a oposição.

“Há um acordo, não haverá votação e o dinheiro será desbloqueado”, disse inicialmente à agência de notícias France Presse um diplomata próximo das negociações.

Mais tarde, os EUA confirmaram a decisão. “A África do Sul aceitou retirar seu bloqueio à medida. Estamos muito satisfeitos, já que todos os membros do Conselho reconhecem agora a importância de ajudar o povo líbio”, disse a embaixadora adjunta dos EUA na ONU, Rosemary DiCarlo.

Os recursos encontram-se nas mãos dos Estados Unidos, que querem enviar US$ 500 milhões a grupos humanitários internacionais, US$ 500 milhões para o CNT para pagar salários e serviços essenciais, e os US$ 500 milhões restantes a um fundo de reserva internacional para pagar por combustível e outros ativos de emergência.

A África do Sul vinha se opondo à medida de desbloqueio dos ativos líbios no comitê de sanções das Nações Unidas durante mais de duas semanas, argumentando que canalizar o dinheiro através do governo rebelde implicaria reconhecer o Conselho Nacional de Transição (CNT).