Arnaldo Jabor

Quando Dilma era candidata, eu ataquei-a como ‘clone do Lula’, que estava ali apenas para esquentar a cadeira até 2014. Cheguei a escrever: “Coitada da Dilma – sendo empurrada, com resignação militante, para cumprir tarefas, como os tarefeiros rasos que pichavam muros ou distribuíam panfletos. Dilma me dá a impressão de que prefere o sossego e que não quer governar”.

Não era isso. Assim que foi eleita, Dilma mostrou traços de uma personalidade com bom senso e bom gosto. Tinha dado um livro de poesias de Adélia Prado para uma amiga, disse numa entrevista que estava lendo Cecília Meirelles e que gostava muito do filme Casablanca – o que também me animou. Depois, soube que ela não tinha aguentado um livro do Carlos Fuentes (que também acho um chato de galochas), sem contar o ‘chega para lá’ que deu no assassino Armadinejad do Irã.

Conheci várias ‘dilmas’ como estudante, na UNE – ‘pequenas burguesas’ corajosas, idealistas e informadas, querendo bem ao Brasil. Eleita, Dilma convocou mulheres obstinadas que demonstram um ‘élan’ verdadeiro para melhorar o País e que começaram a ‘faxina’, sem esfregão e pano de chão, uma faxina delicada, trabalhosa, para fechar o buraco negro de alianças que Sr. Luis Bonaparte da Silva deixou de herança maldita.

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