A Mesa Diretora do Senado decidiu restringir as sessões de homenagens no plenário da Casa. A decisão ainda vai ser submetida ao plenário com a análise do projeto de resolução já aprovado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) que permite que essas sessões sejam realizadas apenas nas segundas e sextas-feiras, quando não houver votações, duas vezes ao mês. Informou o portal Uol.

Vários senadores afirmam que há uma verdadeira farra de homenagens. Desde o início do mês, foram realizadas nove sessões especiais de comemoração, boa parte as terças e quartas-feiras, dias de maior movimento na Casa e dedicados às votações em plenário. Só nesta semana foram três homenagens em comemoração ao Círio de Nazaré, a rede de TV Canção Nova e ao Dia do Administrador.

Além dessas homenagens, foram realizadas outras seis desde o início do mês, por exemplo, pelo Dia do Economista, aos 21 anos do SUS (Sistema Único de Saúde, e aos 68 anos do Amapá, reduto político do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Já estão previstas pelo menos mais nove até o final do ano.

Além de restringir os dias para as sessões, a proposta propõe alterar o regimento interno do Senado estabelecendo que ‘a primeira comemoração somente poderá ocorrer após 25 anos do fato e que a homenagem só poderá se repetir a cada dez anos’. Fica determinado ainda que a sessão terá duração máxima de duas horas. Na terça-feira, quando senadores cobraram novas regras para essas sessões, Sarney reconheceu o abuso. ‘Realmente estamos tendo grandes prejuízos em nossos trabalhos’, disse.

Fonte: Magno Martins