O diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), Paulo Varela, foi um dos nomes sondados pelo deputado Federal Henrique Alves (PMDB) para assumir o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs).

A informação foi revelada pelo ex-diretor do órgão, Elias Fernandes, em entrevista ao Jornal dos Seis, da 96 FM. Ele foi exonerado na quinta-feira (26) do cargo após reunião com o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho.

Elias disse que a indicação para o cargo do Dnocs será feita pelo deputado Henrique Alves, líder do PMDB, e que o diretor da ANA foi um nome convidado pelo parlamentar. Contudo, ele declinou da proposta. “Ele recusou. Por isso, posso contar que houve o convite”, disse Elias Fernandes.

Elias Fernandes comentou que “outros nomes foram sondados”, mas preferiu manter sigilo de quais são. Entretanto, informou que uma exigência para o cargo é ser engenheiro. Quem está assumindo a função, interinamente, é o secretário Nacional de Irrigação, Ramon Rodrigues.

Mas…Há quem garanta de pé junto que a indicação de Henrique será o ex-secretário da prefeita Micarla de Souza, Dâmocles Trinta, que é da mais alta confiança de Henrique Eduardo. Esse nome está na cota do PMDB do deputado Henrique e pode ser o substituto de Elias no DNOCS.

Depois do mal estar criado pelo modo como o deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB) defendeu sem sucesso a permanência de Elias Fernandes no Dnocs, o parlamentar perdeu não só perde a força que tinha no governo Dilma Rousseff (PT) como também o prestígio dentro do próprio PMDB.

Informações de Brasília dão conta de que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) lavou as mãos sobre as indicações do potiguar no governo. Além de não interceder pelo parlamentar na substituição de Elias, Temer, segundo a fonte, não vai interferir nas demissões que deverão ocorrer nas superintendências da Funasa. Entre elas, a do Rio Grande do Norte, que é comandada pelo ex-prefeito de Caicó, Roberto Germano (esq).

Cada vez mais os apadrinhados de Henrique vão perdendo espaço no governo federal. Como o parlamentar já não tem mais a influência de outrora dentro do seu próprio partido, fica difícil até barganhar alguma coisa. Pelo visto, os dias de todo poderoso de Henrique estão chegando ao fim.
Informações: Robson Pires/Thaisa Galvão