Os líderes governistas na Câmara surpreenderam quando, nesta quarta-feira, anunciaram que iriam retirar da Lei Geral da Copa a permissão da venda de bebidas alcoólicas durante o torneio esportivo. Os parlamentares estavam respaldados em uma análise da assessoria jurídica da Casa Civil da Presidência. As ministras Gleisi Hoffmann e Ideli Salvatti deram o sinal verde para a mudança. A notícia vinha a calhar: o governo poderia impor uma derrota à Fifa depois das declarações contundentes do secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke.

Acontece que os assessores jurídicos se equivocaram e as ministras tiveram de voltar atrás: a venda de bebidas alcoólicas faz, sim, parte dos compromissos brasileiros com a Federação Internacional de Futebol (Fifa). O recuo do recuo foi informado ao relator da Lei da Copa, Vicente Cândido (PT-SP), na noite desta quarta-feira.

Resultado: a possível provocação à Fifa foi abortada. O Congresso vai, sim, manter o texto que permite a venda de álcool os estádios. A Lei da Copa aguarda votação no plenário da Câmara.