O Brasil está atravessando a quarta crise de inadimplência dos últimos 15 anos. E, desta vez, a onda de calotes dos consumidores está demorando mais a passar. A demora frustra os planos do governo de obter uma arrancada mais forte da economia com pacotes de incentivo ao consumo, como ocorreu na crise de 2008.

Nos últimos meses, a economia andou de lado, influenciada principalmente pelo baixo nível de investimentos e pela frustração com a produção do campo. O governo baixou impostos para facilitar a venda de geladeiras a carros. Segundo os primeiros dados do comércio, o consumidor reagiu, mas sem euforia.

A principal explicação está na inadimplência. Em abril, o nível de calotes bateu em 7,6%, maior marca desde setembro de 2009, segundo o Banco Central. Segundo economistas, lojistas e executivos de bancos, a tendência é de queda gradual, mas o calote só deve recuar para níveis normais, em torno de 6,5%, no fim do ano.(Veja)