• Na audiência em que será interrogado na próxima quarta-feira, em Goiânia, Carlinhos Cachoeira receberá a oferta da delação premiada. Procuradores e policiais que trabalham no caso acham que o tempo de prisão (139 dias), a cassação de Demóstenes Torres, a possibilidade de pena reduzida e os sinais de que a ruína se avizinha conspiram a favor de um acordo em que ele entregue os anéis para não perder os dedos. Um eventual acordo passaria, no entanto, por seu advogado, o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos. O presidente da Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR), Alexandre Camanho acha que Cachoeira tem potencial para dar uma grande contribuição ao país, como fizeram os alvos da Operação Mãos Limpas, na Itália. “Ele pode mostrar até onde vai o envolvimento de agentes públicos com o crime organizado e a corrupção”, diz Camanho. Como se sabe, o poder do contraventor é de impressionante capilaridade e não se restringe ao legislativo e a governos.
  • Na quinta à noite, a presidente Dilma Rousseff mudou a rotina sem ser notada. Ao invés de voltar para casa ao final do expediente, como de costume, decidiu jantar com um seleto grupo de amigos. A pequena, e secreta, recepção foi feita na residência do petista Sigmaringa Seixas, no Lago Sul (área nobre da capital). O encontro começou às 20h e terminou cedo, antes da meia-noite. Na seleta lista de presentes, o ex-ministro Franklin Martins, o governador Marcelo Deda (PT-SE), os assessores Marco Aurélio Garcia (Presidência) e José Genoino (Defesa), José Eduardo Dutra (diretor da Petrobras), além de seu chefe de gabinete, Giles Azevedo.No menu, bacalhau, carne, vinho e muita lembrança do governo de Lula. Pouco trataram de política. Por conta do assédio, sobretudo da imprensa, são raros os momentos em que a presidente dá sua escapulida. E, para não chamar atenção, abriu mão do comboio policial e do forte aparato de segurança.O carro com a placa verde e amarela nem sequer foi visto no local. Dilma fez o trajeto de 10 minutos em automóvel “à paisana”.
  • A partir deste sábado (14), moradores e turistas de Natal não poderão mais andar no calçadão da orla de Ponta Negra, a mais badalada das praias da capital potiguar. Sofrendo desde março com as altas marés, o local foi atingido, na última semana, por ressacas –com ondas de até três metros– que destruíram ainda mais o passeio público, prejudicando o turismo no local. Segundo a prefeitura, 300 metros do calçadão foram destruídos pelas últimas marés, o que levou o poder público a determinar a proibição de circulação pelos 2,5 quilômetros por tempo indeterminado. No sábado passado (7), a Justiça já havia determinado a interdição dos pontos afetados, o que foi feito pela Defesa Civil municipal. Alguns postes também foram atingidos, o que prejudica a iluminação à noite. Comerciantes estimam em, pelo menos, 20% a redução do número de pessoas que passeiam pelo local nas últimas semanas.