• Um decreto assinado pela presidenta Dilma Roussef parece ter passado despercebido pela grande mídia pela pouca repercussão que causou. O decreto é o acordo entre Brasil e União Européia que isentará visto dos cidadãos brasileiros que pretendam viajar, por até três meses, para os 25 países que fazem parte bloco europeu. Um acordo entre o Brasil e a União Europeia permitirá que turistas viagem por até três meses sem a necessidade de visto. Cidadãos que viajarem para visitar parentes, participar de congressos (exceto os remunerados) e a turismo não precisarão mais do documento. A medida é recíproca e permitirá que brasileiros e cidadãos de 25 países da UE possam viajar sem visto. Após o período de três meses, será necessário negociar novos prazos de permanência com as autoridades de cada país. As exceções são o Reino Unido e a Irlanda, que não aderiram ao acordo.
  • Em 2013, ao deixar o mandato em São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) terá endereço duplo. A partir de fevereiro, ele desembarcará em Brasília “toda semana” para tratar da entrada de seu partido no governo federal, ocupando um ministério, e das articulações para a próxima eleição presidencial. No Congresso, vai orquestrar seu partido na eleição para a Mesa Diretora da Câmara. Além disso, será o fio condutor de uma parceria informal com o PSB, do governador Eduardo Campos (PE) — cotado para disputar contra Dilma a eleição em 2014. O prefeito diz não acreditar que Eduardo fique contra o PT e Dilma. Afirma que, apesar da ruptura no Recife, o governador é fiel a Lula. No próprio PSB, porém, a hipótese é discutida seriamente.Kassab diz que a articulação não o afastará de José Serra (PSDB), que concorre com o PT para fincar sua bandeira na Prefeitura de São Paulo. A avaliação é que Campos seria capaz de rachar a preferência pelo PT no Nordeste. E sua candidatura, somada à do senador Aécio Neves (PSDB), poderia levar a disputa ao segundo turno. “O partido é que vai definir. Mas minha sensibilidade é caminhar com ela [Dilma]”, diz. E Serra? “Uma relação é feita de estima e confiança. Entre mim e ele há isso.” Kassab lista mais de uma dezena de quadros habilitados a comandar um ministério. Suas principais apostas são o vice-governador Guilherme Afif Domingos, a senadora Katia Abreu e o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles.
  • O processo do mensalão vai entrar na reta final com o julgamento da última parte da acusação previsto para as vésperas do segundo turno das eleições municipais. Brasileiros de 50 cidades voltarão às urnas no dia 28 deste mês. Na semana que antecede o pleito municipal, o Supremo Tribunal Federal vai decidir se o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e os principais pagadores de propina formavam uma quadrilha. Até agora, a Corte referendou a maior parte da denúncia do Ministério Público Federal e, com isso, derrubou mitos criados ao longo dos últimos anos — o principal deles, o de que não haveria provas para condenar integrantes da cúpula do governo Lula e do PT.
  • Novo round para a disputa eleitoral em Natal, que será uma reedição daquela disputa entre Carlos Eduardo e Luiz Almir, agora o oponente será Hermano Morais, que chegou ao segundo turno apertado com Mineiro do PT. As marcas deixadas pela eleição de Micarla de Sousa são visíveis, a população quer decidir o pleito em segundo turno, para evitar os erros de 2008. Agora são tempos iguais e a polarização da disputa, que antes tinha seis candidatos, dos quais quatro tinham maior destaque político. Hermano “muda de cara” no segundo turno. O marqueteiro, João Maria Medeiros, aplicou mudanças no slogan e na marca. De “Natal Merece Respeito”, passa para “Natal Decidiu Mudar”. A ideia é dizer que Carlos Eduardo só teve 40% e os outros 60% querem mudança em Natal. Só no primeiro turno, Hermano gastou cerca de R$ 1,1 milhão.