DO BLOG DE JOSIAS DE SOUZA

Após reunir ao redor da mesa do Alvorada as cúpulas do PT e do PMDB, na noite de terça-feira, Dilma Rousseff dedicou as 48 horas seguintes ao emergente PSB. Neste caso, preocupou-se em dividir. Na quarta, jantou com o governador de Pernambuco Eduardo Campos, que preside a legenda. Nesta quinta, almoçou com o governador cearense Cid Gomes e com o irmão dele, Ciro Gomes.

Por que Dilma não fez uma refeição única para o PSB?

Uma liderança do PT vinculada a Lula explicou a lógica da separação de pratos. Disse que, hoje, há dois PSBs. O dos irmãos Gomes procura a luz no fim do túnel da relação com o governo e o PT. O de Eduardo Campos suspeita que já não haja nem túnel.

Em português claro: Eduardo equipa-se para disputar a Presidência da República. Deixa no ar a hipótese de levar o bloco à rua em 2014,
contra Dilma. Cid e Ciro gritam “alto lá!” Defendem o apoio do PSB à
reeleição de Dilma. Projeto presidencial, se for o caso, só em 2018. O que são quatro anos para um político jovem como Eduardo?, a dupla se pergunta.