Os deputados da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, elegeram, há pouco (7), o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) como presidente. O social-cristão já havia sido indicado por seu partido para presidi-la, mesmo sob acusações de homofobia e racismo.

A eleição do presidente é feita pelos membros da comissão, que, em geral, seguem a indicação partidária. A bancada do PSC, composta por 17 parlamentares, confirmou na terça-feira (5) o nome do pastor para ocupar o cargo. Como vice, a indicação foi para a deputada Antônia Lúcia.

A sessão de hoje foi marcada, mais uma vez, por polêmicas e protestos – o presidente Domingos Dutra chegou a se retirar da sessão recusando-se a comandar a votação sem a participação dos movimentos sociais, atitude copiada por outros parlamentares, como Jean Wyllys (PSOL-RJ) e Luiza Erundina (PSB), que chegou a dizer que “esta não é mais uma comissão de direitos humanos”.

 

Polêmica – Em 2011, Feliciano usou sua conta no Twitter para dizer que os descendentes de africanos seriam amaldiçoados. “A maldição que Noé lança sobre seu neto, Canaã, respinga sobre o continente africano, daí a fome, pestes, doenças, guerras étnicas!”, escreveu.

Em outra ocasião, o pastor postou na rede social que “a podridão dos sentimentos dos homoafetivos levam ao ódio, ao crime e à rejeição”. No ano passado, o deputado defendeu em debate no plenário os tratamentos de “cura gay”.

Feliciano nega as acusações de racismo e homofobia. “Não sou contra os gays, sou contra o ato e o casamento homossexual. Quero o lugar para poder justamente discutir isso. Vai ser debate. Vou ouvir e vou falar”, afirmou.