* * * O Banco Central surpreendeu o mercado financeiro e disse que pode rever sua estratégia para a política de juros neste ano, após divulgação de dados mais preocupantes em relação à inflação. O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu nesta quarta-feira manter a taxa básica de juros em 7,25% ao ano, mas indicou que a Selic pode voltar a subir em breve. Os juros estão no nível atual desde outubro, quando a instituição passou a afirmar que a estabilidade dos juros “por um período de tempo suficientemente prolongado” era a “estratégia mais adequada” para garantir a queda da inflação. Agora, o BC diz que “irá acompanhar a evolução do cenário macroeconômico até sua próxima reunião, para então definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária”. O Copom volta a se reunir nos dias 16 e 17 de abril. O Copom disse ainda que a decisão foi tomada considerando “a conjuntura macroeconômica e as perspectivas para a inflação”. A decisão de manter os juros, que foi unânime, já era esperada por praticamente todo o mercado financeiro, que estava atento a possíveis mudanças no comunicado da decisão. A retirada da expressão “suficientemente prolongado” era vista por analistas como o sinal de que não seria mais possível sinalizar com a estabilidade dos juros diante das previsões cada vez piores em relação à inflação.* * * Estadão

* * * Em entrevista ao programa Frente a Frente, da Rede Vida de Televisão, o ministro Garibaldi Filho, PMDB, falou muito sobre a Previdência Social. Porém, ao ser abordado sobre a política do Rio Grande do Norte, embora que de forma sutil, disse que mesmo torcendo, considera difícil a recuperação da governadora Rosalba Ciarlini. Garibaldi Filho afirmou que o tempo está curto para uma recuperação da governadora. E preferiu tangenciar sobre o futuro do PMDB, para a disputa do Governo Federal. Mas reconheceu que o normal é que a aliança nacional entre PMDB e PT, seja seguida nos Estados, como no Rio Grande do Norte. Porém, lembrou que nas eleições estaduais, cada caso, é um caso.* * * Carlos Scarlack

* * * O vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, assume o governo interinamente e em 30 dias serão realizadas eleições presidenciais. A decisão foi anunciada na madrugada desta quarta-feira (6/3) pelo ministro das Relações Exteriores, Elías Jaua. Maduro, segundo pesquisas de intenção de voto, aparece na liderança, seguido pelo governador de Miranda, Henrique Capriles, que foi derrotado nas eleições de outubro pelo presidente Hugo Chávez. Não há detalhes sobre a data exata das eleições na Venezuela. Nos últimos meses, os aliados de Chávez e a oposição apresentaram interpretações divergentes sobre a Constituição, em caso da morte do presidente da República – que foi reeleito em outubro para o quarto mandato. Capriles apelou ao governo para seguir a Constituição. “[Espero que o governo venha a] agir estritamente no âmbito do seu dever constitucional”, disse ele. A oposição alega que a Constituição estabelece que o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, assuma o governo em caso da morte do presidente. Em dezembro, antes de seguir para Cuba, para a quarta cirurgia destinada à retirada de um tumor maligno na região pélvica, Chávez recomendou à população que Maduro assumisse o governo se ele ficasse incapacitado. Na ocasião, a orientação de Chávez causou surpresa. * * * Tribuna da Bahia