# # Precisando melhorar…

O desempenho fraco do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, com aumento de apenas 0,6%, já levou boa parte dos economistas a revisarem para baixo suas projeções de crescimento do País este ano. Levantamento feito ontem pela AE Projeções com 17 instituições mostra que a maior parte dos bancos e consultorias já trabalha com previsão de crescimento de 2,5%, ou até menos. Apenas três ainda projetavam uma alta superior a essa. A previsão inicial do governo era de crescimento de pelo menos 3,5% do PIB no ano. O Besi Brasil é um bom exemplo de instituição que promoveu importante revisão na projeção para o PIB de 2013, de 3% para 2,3%. Os analistas do banco já imaginavam uma revisão para 2,7%, mas os dados de ontem acabaram levando esse número ainda mais para baixo. A percepção do economista sênior da instituição, Flávio Serrano, é de que os demais trimestres do ano não virão com a força necessária para levantar o PIB para algo próximo dos 3%. Como o resultado do PIB do primeiro trimestre é um dos mais importantes para calcular o dado final, e o número veio abaixo do esperado pela maioria do mercado, o economista-chefe da Quantitas Asset, Gustav Gorski, alterou também significativamente sua projeção, de 3,1% para 2,4%. Segundo ele, os setores que impulsionaram o PIB no começo de 2013 não deverão influenciar o número positivamente mais à frente. (Estadão)

# # Base desarticulada

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), expôs ontem o crônico problema na articulação política do governo com o Congresso. Um dia depois de o Planalto ser derrotado com a não votação da MP 605/2012 no Senado, que define recursos para garantir a redução da conta de luz elétrica — o que obrigou o governo a fazer um “contrabando” na MP 609/2013 (veja a página 3) —, Alves disse que existem problemas na relação entre o Executivo e o Legislativo. “Não estou aqui para tapar o sol com a peneira, mas precisamos saber por que a base tem 421 deputados e não conseguiu colocar 257 para uma votação importante na segunda à noite”, declarou. O texto só foi aprovado na terça.

# # Amistoso suspenso, pelo menos por enquanto…

O jogo entre Brasil e Inglaterra, marcado para este domingo, às 16h, no Maracanã, foi suspenso pela Justiça do Rio. A juíza da 13ª Vara de Fazenda da Capital, Adriana Costa dos Santos, que responde pelo plantão judiciário neste feriado, concedeu liminar impetrada pelo Ministério Público estadual. Os promotores alegaram “falta de segurança para a realização da partida”. Cabe recurso contra a decisão judicial. Brasil e Inglaterra é considerado um dos eventos-testes do estádio antes da Copa das Confederações, que começa no próximo dia 15 de junho. A decisão judicial ocorreu a partir de uma ação civil pública do MP que pede a suspensão do jogo para “garantir a segurança” dos torcedores que forem ao estádio. De acordo com o MP é preciso que se comprove que o estádio tem condições de receber pessoas para as partidas de futebol ou eventos que queira sediar. Documento anexado ao processo relata a existência de pedras, pedaços de calçadas e restos de obras que podem ser utilizados por pessoas em um tumulto ou causar acidentes aos torcedores que forem assistir ao jogo. Em sua decisão, a juíza informa que “até o presente momento não se tem notícia de que as restrições foram sanadas”. A própria magistrada adianta em sua decisão que se for comprovada a existência de segurança e de higiene para a realização da partida, a “liminar perde fundamentação, podendo ser revogada, realizando-se, então, o evento como já noticiado pela mídia”.

# # Na coluna Painel

O programa de TV do PSDB que vai ao ar hoje é uma tentativa de apresentar Aécio Neves como alguém capaz de dialogar de igual para igual” com o eleitor mais pobre. Usando camisa para fora do jeans, o presidenciável tucano viaja de van pelo interior de Minas, conversando com artesãs, um agricultor e estudantes. O mote são programas criados por ele no governo do Estado. A crítica ao PT é focada na inflação: Aécio diz que o PSDB construiu a estabilidade, que estaria ameaçada.