A estiagem que assola o Sertão nordestino há dois anos trouxe conseqüências negativas para os pequenos produtores que vivem na região. Somente no Rio Grande do Norte, a seca foi responsável por dizimar quase a metade do rebanho bovino do estado, que tem 94% dos municípios inseridos na região do semiárido. Para estimular o fortalecimento dos pequenos negócios rurais e disseminar tecnologia e boas práticas de gestão na área afetada, o SEBRAE está elaborando um projeto de convivência com o semiárido que sirva de referência para ser adotado pelos estados do Nordeste.

O projeto deve somar esforços ao Sertão Empreendedor, desenvolvido pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA). A proposta foi discutida por técnicos do Sistema Sebrae no Nordeste, sobretudo Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba e Bahia. A ideia é contemplar os segmentos de apicultura, bovinocultura leiteira, mandiocultura e ovinocaprinocultura. “O intuito é apresentar um posicionamento regional, comum a todos os estados, visando a construção de projetos estaduais que possam direcionar as iniciativas. Queremos adensar as soluções já existentes para ampliar o público atendido e repassar novas tecnologias”, explica o gerente da Unidade de Agronegócios do Sebrae, Enio Queijada, que participou da reunião.

A iniciativa deve unificar ações que já vêm sendo desenvolvidas isoladamente nos estados. No Rio Grande do Norte, o projeto Sebrae no Semiárido está sendo implementado há mais um ano e nesse período ultrapassou a meta de atender 1,8 mil produtores rurais. Hoje, já são mais de 2,2 mil inseridos na iniciativa, que oferece diagnóstico da situação de cada produtor atendido, plano de desenvolvimento individual da propriedade, noções de gestão, tecnologias sociais para convivência com a seca e apoio ao crédito.

fonte: Assessoria