Vários grupos articulados através das redes sociais convocaram manifestações durante a visita do papa Francisco ao Rio de Janeiro, inclusive nesta segunda-feira, o dia de sua chegada à cidade. O grupo Anonymous Rio, que conta com 153 mil seguidores no Facebook, tem uma manifestação prevista para as proximidades do Palácio Guanabara, a sede do governo estadual, onde a presidente Dilma Rousseff, o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes receberão o pontífice.

Além disso, uma organização de defesa dos direitos dos homossexuais convocou seus seguidores para se reunirem no Largo do Machado e depois marcharem até o palácio. “A Igreja discrimina uma parte significativa da população por ser quem é (mulheres, lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais)”, afirma um panfleto divulgado em seu perfil no Facebook. Esse grupo planeja fazer um “beijaço coletivo” como sinal de protesto.

Outro grupo, que se organiza pelo Twitter com o nome “@ogiganteacordou” também convocou uma manifestação para hoje no palácio. Além disso, estão previstas manifestações para a próxima quinta-feira no complexo de favelas de Manguinhos antes da visita do Papa a uma de suas comunidades.

Com o lema “Papa, olhe como somos tratados”, outra mobilização foi convocada para sexta-feira, na estação Arcoverde do metrô em Copacabana, pouco antes da Via-Sacra presidida pelo Papa. São esperadas 1,5 milhões de pessoas no bairro para assistir a Via-Sacra.

No sábado, será realizada a “Marcha das Vadias” em Copacabana, que faz parte de um movimento que se estendeu por todo o mundo a partir de uma manifestação em Toronto em 2011. A marcha reúne principalmente mulheres vestidas com roupas íntimas e até de topless para protestar contra o machismo e contra a ideia de que as mulheres que se vestem de forma ousada são responsáveis se forem estupradas. A “Marcha das Vadias” não vai coincidir com atos religiosos, já que nesse dia o Pontífice não realizará eventos em Copacabana.

Fonte: Terra