Não se pode dizer que são caras novas na política. Na verdade os senadores Pedro Simon (PMDB-RS) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE,) e a deputada Luiza Erundina (PSB-SP) estão no cenário político há décadas. Mas foram alçados agora pela dupla Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva (Rede) à condição de símbolos da resistência à velha política do toma lá dá cá, da corrupção, do descalabro administrativo e da barganha política em troca de poder.

Integrados à nova coligação que está revirando o quadro eleitoral de 2014, os três estão a todo vapor participando de articulações políticas e serão peças importantes na vitrine da coligação que tem como mote o fim da velha política.

UMA GERAÇÃO

”Erundina, Jarbas e Simon representam uma geração de políticos que souberam resistir aos encantos da política tradicional. Têm mandatos reconhecidos por servirem à sociedade. Servem também para que a sociedade não perca a crença nas instituições”, disse Eduardo Campos ao GLOBO.

Erundina e a ex-ministra Marina Silva têm uma história muito parecida: as duas ajudaram na criação do PT no início dos anos 80, tiveram atuação expressiva no partido e, depois de dificuldades internas, foram obrigadas a deixar a legenda. Com quatro eleições consecutivas para a Câmara Federal desde 1998, pelo PSB, agora, com a reaproximação da ex-companheira Marina Silva, Erundina diz estar vivendo um novo recomeço.

 NOVO CENÁRIO

”O jogo começa agora, o quadro está mudando, e se respira isso por onde se caminha. Há um novo cenário de não se aceitar o que já estava dado como decidido (a reeleição da presidente Dilma). Eu nunca perdi o ânimo. Em muitos momentos me senti como se estivesse numa luta de resistência. Como Marina, eu tinha duas alternativas: sair da política e continuar filiada ao PT, ou sair do PT e continuar na política. Optei por continuar fazendo política, sempre”, disse uma entusiasmada Erundina na sexta-feira. (De O GLOBO – Maria Lima)