Cai a diferença salarial paga por grandes e pequenas empresas do RN

Em dez anos, ficou mais vantajoso trabalhar formalmente em uma micro e pequena empresa do Rio Grande do Norte. A renumeração média real dos empregados desse segmento no estado cresceu 4,7% ao ano entre 2002 e 2012, passando de R$ 629 para R$ 996. O aumento é significativo principalmente na comparação com o crescimento dos salários pagos pelas grandes empresas, que foi de apenas 2% ao ano na referida década. O percentual foi superior também em relação ao aumento registrado por todos os trabalhadores com carteira assinada, cujos salários tiveram um incremento de 3,1%.

Os dados constam na sexta edição do Anuário do Trabalho nas Micro e Pequenas Empresas, que elaborado pelo Sebrae e o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e divulgado nesta terça-feira (18). A análise visa disponibilizar um conjunto de dados sobre o perfil e a dinâmica dos segmentos dos micro e pequenos empreendimentos no país, destacando seu desempenho no período de 2002 a 2012.

 

“Esse aumento da massa salarial paga pelas micro e pequenas empresas representa um grande avanço e mostra que o segmento está ganhando força a ponto de equiparar às renumerações pagas pelas grandes corporações. Isso reflete em uma melhoria na renda dos trabalhadores potiguares, já que o Rio Grande é predominantemente formado por negócios de pequeno porte”, observa o diretor superintendente do Sebrae no Rio Grande do Norte, José Ferreira de Melo Neto.

O anuário mostra também que os pequenos negócios foram responsáveis, em 2012, por 48,4% da massa de salários do estado, mais de oito pontos acima da média nacional que, no mesmo ano atingiu, 40% da massa salarial brasileira. Para se ter uma ideia, entre 2002 e 2012, a cada R$ 100 reais pagos aos trabalhadores no setor privado não agrícola do estado, cerca de R$ 44 reais foram pagos por micro e pequenas empresas.

Fonte: Assessoria