Nova diretoria da Anorc promete alavancar o segmento no RN

Erguer uma cadeia produtiva que se encontra enfraquecida em virtude de três anos de seca que assolou 95% do território potiguar e provocou baixas significativas nos rebanhos, sobretudo o bovino. Essa será uma das missões do novo presidente da Associação Norte-rio-grandense de Criadores (Anorc), Antônio Teofilo de Andrade Filho. Os membros da nova diretoria, conselho fiscal e conselho deliberativo tomaram posse em solenidade realizada na quarta-feira (18). O lema da nova gestão é formar uma coalizão para encontrar soluções viáveis para recuperação do segmento e colocar novamente a pecuária como uma das principais atividades bases da economia do Rio Grande do Norte.

“Queremos criar uma nova Anorc. Já iniciamos conversas, em Brasília, com os ministérios da agricultura e do turismo e também com o Banco do Brasil, além da classe política. O lema é procurar encontrar soluções para resgatar a pecuária”, diz Antônio Teófilo, que também é membro integrante do Conselho Deliberativo do Sebrae no Rio Grande do Norte.

O novo presidente da associação também demonstrou interesse em ampliar a aproximação com o Sebrae, que já desenvolve ações em prol dos produtores, disponibilizando consultorias técnicas para melhorar a gestão das fazendas e também aumentar a produtividade dos rebanhos. Antônio Teófilo afirma que o norte de sua gestão será a valorização dos criadores, firmando parcerias com instituições e órgãos do poder público de forma articulada para criar políticas públicas estruturantes para o setor.

Em relação às soluções para recuperar o segmento, já que muitos pecuaristas abandonaram a atividade devido às dificuldades impostas pela estiagem, o presidente aponta dois caminhos: tempo e investimento. “As entidades públicas precisam entender que um setor como esse não se recupera do dia para a noite. É necessário tempo e investimento. O produtor sozinho não tem condições de se erguer”.

Segundo ele, a pecuária do Rio Grande do Norte é reconhecida pela qualidade, mas é preciso se adequar às adversidades advindas da falta de chuvas. “Temos de nos adaptar à realidade das secas. O pecuarista precisa conviver com a estiagem, já que apenas 5% do nosso território não está no polígono das secas, mas é preciso iniciativa do poder público”.

Sobre a Festa do Boi, que está prevista para ocorrer no período de 11 a 18 de outubro, Antônio Teófilo diz que o evento deverá ganhar maior dimensão. “Entendemos de criação de animais, mas não de eventos, por isso, estamos tentando profissionalizar a Festa do Boi”.

Fonte: Assessoria