Audiência que buscará soluções para a saúde será nesta sexta.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseção de Mossoró, promoverá amanhã (26) uma audiência pública para discutir e buscar soluções imediatas em torno do problema que tem afetado a saúde pública no município. A Ordem convidou representantes dos três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), representantes das categorias e instituições ligadas à saúde, organizações não-governamentais e a sociedade civil como um todo. A intenção é debater o problema de forma séria, dando a devida atenção que o problema requer para evitar que novas vidas sejam perdidas.

A audiência pública começa às 9h, no auditório da OAB/Mossoró. A instituição tem acompanhado de perto toda a problemática que envolve a crise na saúde pública, por meio da Comissão de Direitos Humanos (CDH). Os advogados e membros consultores já realizaram duas visitas ao Hospital da Mulher Parteira Maria Correia. A primeira ocorreu no dia 3 deste mês, quando a situação verificada já havia sido considerada como extremamente preocupante. Na terça-feira (23), os membros da CDH voltaram ao Hospital da Mulher e constataram o agravamento da situação.

PREOCUPAÇÃO

O temor da OAB é que o problema continue se agravando e que novas vidas sejam perdidas pela falta de estrutura necessária à demanda, que é bastante desproporcional. A superlotação do Hospital da Mulher começou com a suspensão dos atendimentos na Casa de Saúde Dix-Sept Rosado por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). A situação piorou quando a unidade hospitalar foi interditada. Todos os atendimentos que eram feitos nesta foram transferidos para o Hospital da Mulher, que não tem estrutura suficiente para suportar toda a demanda de Mossoró e região.

RELATOS

A OAB esteve no Hospital da Mulher e conversou com diversos profissionais que são obrigados a enfrentar uma série de dificuldades relacionadas à pouca estrutura, diante da demanda excessiva. Os membros da CDH ficaram impressionados com a grande carga de estresse emocional em todos os servidores, que se esforçam para oferecer o mínimo necessário às famílias que procuram àquela unidade, mas esbarram na falta de condições. Conforme constatou a OAB, a equipe do hospital está trabalhando no seu limite e também sofre por não conseguir atender dignamente.