REDE SUSTENTABILIDADE DESCARTA APOIO A DILMA NO 2º TURNO, DIZ FELDMAN

O diretório da Rede Sustentabilidade não chegou a um consenso quanto ao apoio ao candidato Aécio Neves (PSDB), mas firmou posição em não apoiar Dilma Roussef (PT) no segundo turno das eleições à Presidência. De acordo com Walter Feldman, porta-voz da Rede Sustentabilidade, cerca de 20 integrantes do diretório se reuniram na noite desta terça-feira (7), por meio de teleconferência.

O não apoio à reeleição de Dilma deverá ser ratificado em nova reunião do diretório, a partir das 19h desta quarta-feira (8), de acordo com Feldman. “Eu diria que são posições já firmadas, o ‘não’ à continuidade do atual governo, porque a Rede (Sustentabilidade) entende que a alternância de poder é fundamental na democracia. E ficaria dificultada (a alternância) com a vitória do atual governo”, afirmou Feldman, já na madrugada desta quarta-feira.

Outro motivo, segundo Feldman, seria o empenho dos petistas para que a Rede não obtivesse o registro a tempo de lançar candidatura própria no pleito deste ano. “O PT trabalhou na questão da não aprovação da Rede Sustentabilidade, tanto por conta das dificuldades do seu registro, como na aprovação de lei que impede a criação do fundo partiidário e na utilização do tempo da televisão. Na nossa avaliação, é uma agressão à democracia muito grande”, disse.

Segundo o porta-voz da Rede, a segunda posição firmada é de uma manifestação pela mudança na política brasileira. “Por uma mudança, porém qualificada; não apenas uma mudança. Dar uma substância, um conteúdo, para que a mudança seja sintonizada com o desejo da sociedade brasileira”, completou.

Jogo duro

A pergunta fundamental é saber se vão para Aécio Neves os 21 milhões de votos dados a Marina Silva. Senão todos, ao menos a maioria. Nessa hipótese, Dilma Rousseff estará derrotada. Não se duvida de que o PT agirá nas próximas três semanas de campanha para o segundo turno da mesma forma como agiu contra Marina no primeiro: valendo tudo, até mentiras. Aécio que se cuide. Existem indicações de que centralizará suas intervenções em denúncias sobre a corrupção nos governos Lula e Dilma. Pode ser um erro, se ficar só nisso. Domingo tivemos a demonstração de que o eleitor quer propostas de mudanças. Criticar a impunidade constitui apenas um dos ângulos do poliedro eleitoral. Dilma terá compreendido esse anseio ao inaugurar seu mais novo slogan, de “governo novo, ideias novas”, mas precisará defender-se, coisa que não parece fácil.

Fonte: Agências de Notícias