Deputados e senadores do PMDB fecharam a lista de candidatos à Esplanada dos Ministérios para o segundo mandato de Dilma Rousseff, que começa no ano que vem. A expectativa do partido é ficar com uma pasta a mais do que as cinco atuais.

Até agora, para apenas uma delas Dilma bateu o martelo: colocar a senadora Kátia Abreu na Agricultura. Como os peemedebistas consideram Kátia Abreu uma escolha pessoal de Dilma, pedem um ministério a mais.

O vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, pediu que o ministro Moreira Franco (Aviação Civil) seja mantido no cargo. Para as quatro outras vagas requisitadas, o Senado pretende indicar dois nomes e a Câmara, mais dois. A fim de mostrar que está pacificado e em condições de garantir apoio à presidente no Congresso, o PMDB decidiu votar a favor, por exemplo, da proposta que flexibiliza a meta fiscal.

No Senado foram fechados os nomes do líder do governo, Eduardo Braga, para substituir o ministro Edison Lobão nas Minas e Energia, além do líder do PMDB, Eunício Oliveira, para, preferencialmente, ocupar a Integração Nacional, hoje com o PROS. Caso Dilma recuse a Integração para o PMDB, a sigla pedirá que seja mantido na Previdência o ministro Garibaldi Alves.

Clã. Da Câmara, o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves, é o candidato para o Turismo, hoje ocupado por Vinícius Lages, afilhado político do presidente do Senado, Renan Calheiros. O problema para Henrique Alves é o fato de ser primo de Garibaldi Alves. O próprio PMDB tem dúvidas se a presidente manteria dois integrantes do clã Alves na equipe.

O outro nome é o do deputado Elizeu Padilha, para o Ministério dos Transportes. Como essa pasta deverá continuar com o PR – o favorito é Antonio Carlos Rodrigues, suplente da senadora Marta Suplicy (PT-SP) -, Padilha poderia substituir Garibaldi na Previdência, o que resolveria a vida de Henrique Alves.

Fonte:  JOÃO DOMINGOS – O ESTADO DE S.PAULO