Excesso de peixes e pouca água nos reservatórios do RN suscita reunião de emergência.

 

A Secretaria da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (SAPE), convocou na manhã desta sexta-feira uma reunião em caráter emergencial para discutir a situação crítica em que se encontram alguns reservatórios públicos, onde existe a distribuição de água pela CAERN para abastecimento humano. Segundo o Subsecretário de Pesca e Aquicultura, foi uma oportunidade de se discutir as prováveis alternativas para a manutenção da qualidade da água, de certa forma comprometida, caso venha ocorrer mortandade de peixes em virtude das altas temperaturas e da redução dos níveis de oxigênio nas águas. O abastecimento humano de várias comunidades do Estado, caso não sejam tomadas medidas preventivas, poderá sofrer alterações que resultariam em situações de desconforto para a população.

Diante da preocupação do Secretário da Agricultura, Haroldo Abuana, a SAPE apresentou e às Instituições e Entidades presentes diretamente envolvidas com o problema duas propostas para discussão. A primeira trata da necessidade urgente de restabelecer, mediante um cronograma previamente elaborado, a despesca em açudes com risco de acidente fatal aos cardumes; a segunda a ser desenvolvida no médio e longo prazos, reporta-se a possibilidade de ser levado adiante um programa de revitalização destas coleções d’água mediante o desassoreamento e o consequente aumento da capacidade de acumulação, bem como a recomposição das matas ciliares que margeiam as represas e seus tributários.

“Essa situação já vem ao longo de três anos consecutivos de seca e que só se agravou, e agora na gestão Governador Robinson Faria, tomamos a iniciativa de fazermos algo em busca de resultados concretos. Com esse objetivo, a SAPE deu o primeiro passo no sentido de mobilizar todas as Instituições envolvidas. Considerei positivo o resultado da reunião, onde conseguimos formatar alternativas emergenciais para que possamos atender o objetivo proposto”, disse o Secretário Haroldo Abuana.

No encontro foram discutidas algumas das alternativas que a Secretaria da Agricultura, da Pecuária e da Pesca sugere como, por exemplo, a despesca coordenada de alguns reservatórios para a retirada do excesso de peixes, pois em situação de redução do volume atual de água dos reservatórios, pode haver a mortandade dos animais e consequentemente a contaminação da água pela decomposição dos mesmos e o comprometimento do abastecimento público de água para as cidades. É uma situação emergencial e devido à complexidade da situação, todos os órgãos convidados fizeram-se presentes e ofereceram valiosas contribuições que certamente resultarão melhoras qualitativas que beneficiarão milhares de pessoas residentes nas diversas regiões do Rio Grande do Norte.

 Entre as sugestões apresentadas está a de propor um termo de ajustamento de conduta que compreenda todos os assuntos, ações e agentes envolvidos com as suas responsabilidades para evitar futuros danos e corrigir a curto, médio e longo prazo as mudanças a serem procedidas no Estado referente a estes problemas com o devido rigor, responsabilidade e fiscalização que o assunto requer.

Estiveram presentes o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (IDEMA), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH), Federação dos Pescadores do Rio Grande do Norte (FEPERN), Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), Instituto de Gestão das Águas (IGARN), Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN), Ministério Público Estadual (MPE), Ministério Público Federal (MPF) e Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA).

Fonte; Assessoria