# E haja crise…

A Petrobras não poderá contar com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar investimentos. Uma resolução do Banco Central (BC) aprovada na quinta-feira, deu três anos para o BNDES se enquadrar nos limites de prudência e impediu novos financiamentos e aportes em participação nas empresas nas quais o banco tenha excesso de recursos comprometidos, caso da Petrobras.Pelas regras, nenhum banco pode comprometer com um único cliente mais do que 25% do patrimônio de referência, um indicador financeiro. No caso do BNDES, esse limite é de R$ 24,112 bilhões, conforme dados do primeiro trimestre. Na conta entram tanto empréstimos ainda devidos quanto a participação acionária.O problema é que o BNDES terminou 2014 com cerca de R$ 64 bilhões comprometidos com a Petrobras, conforme um cruzamento de dados revelado pelo jornal “O Estado de S. Paulo” no fim de abril. Considerando holding e subsidiárias, são cerca de R$ 42 bilhões em crédito e R$ 22 bilhões em participação acionária, muito acima do limite.

# Não se bicam…

Outro Luiz Inácio, o Lula, não pode nem ouvir falar de Mercadante. Acha que ele tem envenenado sua relação, já esgarçada, com Dilma. O sentimento de Lula para com Mercadante passou da “raiva” para o “ódio”. (Época)

# Pedaladas

Se a votação no TCU das pedaladas de Dilma Rousseff fosse hoje, o governo perdia.Como ainda faltam vinte dias, a história pode, claro, mudar. Mas o clima é ruim. O governo já detectou o mau humor. (Veja)

# Calada

Ao chegar neste sábado em Nova York para o encontro que terá com o presidente americano Barack Obama na segunda e terça-feira, em Washington, a presidente Dilma Rousseff ignorou os questionamentos sobre as revelações trazidas à luz por VEJA desta semana. O dono da empreiteira UTC, Ricardo Pessôa, afirmou em depoimento prestado após acordo de delação premiada que foi pressionado pelo ministro Edinho Silva, então tesoureiro da campanha da petista à reeleição, em 2014, a fazer uma doação de 7,5 milhões de reais. A crise provocada pelas denúncias levou o ministro chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, também citado pelo empreiteiro, a cancelar a viagem aos Estados Unidos.

Integram a comitiva da presidente cinco ministros: Nelson Barbosa (Planejamento), Armando Monteiro (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia), Renato Janine Ribeiro (Educação). Dilma também estava acompanhada de sua filha Paula.