Em linha com a expectativa do Banco Central, o mercado elevou nesta segunda-feira pela décima primeira semana consecutiva a projeção da inflação para 2015, de 8,97% para 9% – o mesmo índice previsto pelo BC no Relatório Trimestral da Inflação divulgado na semana passada. Com a inflação nas alturas, os analistas ainda apostam em um reajuste da taxa básica de juros (a Selic) para 14,5% ao ano – na semana passada, ela estava em 14,25%. É a segunda vez que o indicador é acrescido.

Os dados divulgados pelo BC nesta segunda constam do boletim semanal Focus, que ouve mais de 100 instituições financeiras para produzir as suas estimativas.Como consequência da inflação e dos juros em patamares elevados, o mercado projeta um recuo ainda mais acentuado do desempenho da economia brasileira. A expectativa é que o Produto Interno Bruto (PIB) encolha 1,49% ante 1,45% na semana passada. Esta é a sexta semana em que o PIB é empurrado para baixo. Se concretizado, o nível da atividade da economia do país alcançará o pior nível desde 1990, quando teve queda de 4,35%.

Se confirmada a projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), esta será a maior inflação desde 2003, quando chegou a 9,3%. O número também passa ao largo do teto da meta definida pelo governo, de 6,5%. Apesar disso, na semana passada, a equipe econômica da presidente Dilma Rousseff diminuiu em 0,5 ponto porcentual a margem de tolerância da inflação, de 6,5% para 6%, para o ano de 2017. (Veja)