Por Cristiana Lôbo

A presidente Dilma está na fase final de definições da reforma administrativa que poderá reduzir de 39 para 31 os ministérios hoje existentes.A maior dificuldade neste momento é que, devido à crise política, ela não extinguiu ministérios comandados pelo PMDB e, para fazer com que a redução tenha algum impacto, os cortes serão feitos em pastas comandadas pelo PT.Dilma desistiu da ideia de retirar o status de ministério da Controladoria-Geral da União. Os estudos feitos sobre fatiamento das atividades da CGU foram arquivados porque a avaliação feita no governo foi a de que a presidente já tem muitas frentes de embate e não poderia abrir uma nova.

Além disso, neste momento em que denúncias de corrupção estão sendo investigadas, a extinção da CGU seria um sinal negativo por parte do governo.Está praticamente certo que os ministérios das Mulheres, Igualdade Racial, Direitos Humanos e Secretaria-Geral serão reunidos numa só pasta. O ministério levará no nome as atividades Política para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (e não mais ministério da Cidadania, como se falou inicialmente) e haverá uma espécie de vice-ministro de cada área. Há neste momento uma disputa dentro do PT pelo comando dessa pasta por representantes de cada uma das atividades.

Também haverá a fusão dos ministérios de Previdência, Trabalho e Desenvolvimento Social e a extinção da Secretaria de Assuntos Estratégicos. Também vai perder o status de ministério o Gabinete de Segurança Institucional, responsável pela segurança da presidente e dos prédios oficiais da Presidência.Na lista de extinção está ainda o Ministério da Pesca, hoje comandado por Helder Barbalho. Ele deverá ser deslocado para outra pasta.

O ex-presidente Lula estará em Brasília nesta quinta para mais uma rodada de conversas com a presidente Dilma, com o PT e PMDB, para ajudar a selar o novo entendimento político entre os partidos de modo a garantir apoio ao governo.No fim do dia ou na sexta-feira as mudanças no ministério devem ser anunciadas.

Mas há um grupo que deseja esperar a apreciação dos vetos, marcada para terça-feira que vem. Os deputados do PMDB não querem esperar mais. (G1)