Via O Globo / Maria Lima

 

Após mais de uma semana de embates públicos entre algumas das principais lideranças do partido, o PSDB decidiu nesta terça-feira que dará apoio integral ao governo de Michel Temer, inclusive com a participação em ministérios caso haja convite. A unidade tucana só saiu após o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso aderir à linha que vinha sendo defendida pelos senadores José Serra (SP) e Aloysio Nunes Ferreira (SP) e defender publicamente o apoio integral da legenda ao governo peemedebista. Assim, acabou sendo derrotada a posição de apoio apenas parlamentar, que vinha sendo propagada pelos dois principais pré-candidatos da legenda à presidência: o senador Aécio Neves (MG) e o governador Geraldo Alckmin (SP).

Um dia após o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PMDB) ser contra a nomeação de integrante do partido, o tucano disse não ver o menor problema “se houver convite”. Para ele, o partido deve ajudar o país, principalmente na questão econômica.

— O que nos parece importante é o modelo político brasileiro, que se esgotou. É preciso recuperar a atividade política do país. O PSDB vai colaborar, vai participar deste novo trabalho, nessas reformas que são importantes. A participação de membros do partido, se houver convites e alguém quiser participar, não vejo o menor problema. Mas essa não é a questão central. Ninguém vai brigar para participar do governo — disse ele, após presença na inauguração do centro de convenções São Paulo Expo.