AL discutirá com Judiciário atendimento materno-infantil em Mossoró.

A saúde pública voltou a ser tema de debate na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. Por iniciativa do deputado Souza Neto (PHS), representantes do Governo do Estado, Defensoria Público e dos servidores da área de saúde do Rio Grande do Norte debateram a situação da política materno-infantil na região Oeste do estado. O caso central da discussão foi o fechamento do Hospital da Mulher, em Mossoró, e como está o atendimento à população da região.

“Nosso objetivo é discutir a situação e saber qual a realidade do momento. O que todos querem, e nós também, é garantir atendimento digno à população de Mossoró e de toda a região, inclusive de Areia Branca, que é a minha cidade”, explicou Souza Neto.

O Hospital da Mulher “Parteira Maria Correia” está fechado desde dezembro e, com isso, equipamentos foram transferidos para a Casa de Saúde Dix-sept Rosado/Maternidade Almeida Castro, complexo administrado por interventores judiciais após a decisão judicial pelo fechamento da unidade. Segundo o secretário de Saúde do Rio Grande do Norte, George Antunes, é preciso que se analise a situação em Mossoró antes de se cobrar a reabertura do Hospital da Mulher.

De acordo com Antunes, o Governo tem buscado a descentralização dos atendimentos de Saúde e cobrado a participação efetiva dos demais entes, inclusive dos municípios, mesmo aceitando que o Governo do Estado tem a obrigação de colaborar com as ações e condições para o atendimento à população. Para ele, Mossoró tem condições de suprir a demanda.

 

“Sempre estamos à disposição para conversar e analisar o que for melhor à população, mas estamos agindo de acordo com decisão judicial e a população tem recebido o atendimento”, disse Antunes. Em comunicado encaminhado ao deputado Souza Neto, a Junta de Intervenção do Hospital Maternidade Almeida Castro disse que a unidade restaurou os atendimentos desde setembro de 2014, quando teve início a intervenção no local. Atualmente, 170 leitos funcionam no hospital, sendo que 43 de atenção especial ao recém-nascido prematuro, com baixo peso e ou qualquer outra patologia. No hosptal, foram realizados 8.105 partos entre 1º de outubro de 2014 a 22 de outubro de 2016, sendo 45% destes partos de Mossoró e os outros 55% dos municípios vizinhos e do Ceará.

Apesar da posição do secretário e do comunicado sobre a situação do atendimento materno-infantil em Mossoró, o deputado Souza Neto ouviu apelos durante a audiência de profissionais que atuam na área que cobraram a reabertura do Hospital da Mulher. A Defensoria Pública do Rio Grande do Norte, inclusive, é uma das partes que defende a abertura e ampliação do atendimento. Para Souza Neto, é preciso se rediscutir o caso e buscar a participação do Poder Judiciário para se chegar à melhor alternativa para a população de Mossoró.

“A Defensoria Pública já está questionando o caso e vamos buscar ter novos encontros, dessa vez com a Justiça, para saber qual o pensamento deles sobre a questão e analisar como é a real situação do atendimento materno-infantil em Mossoró. O que temos que fazer é garantir o atendimento à população”, disse o deputado.

Fonte: Assessoria