O município de Mossoró reduziu de 5.4% para 3.9% o índice de infestação e incidência do Aedes aegypti, mosquito transmissor de Dengue, Chikungunya, Zika vírus e Febre Amarela. Os dados foram coletados pelos agentes de endemias nos imóveis, no período de 17 a 22 de outubro deste ano.

A pesquisa foi realizada em 20% dos imóveis do município, de acordo com orientação do Ministério da Saúde, e mostrou a presença das larvas do mosquito na região. Em abril, este índice era de 4.5%; em julho, subiu para 5.4%. Estes números apontavam Mossoró em “risco de surto”, que é quando o município tem um índice a partir de 4%. De 1% a 3,9%, é considerado “estado de alerta”.

De acordo com Karla Cartaxo, coordenadora da Unidade de Endemias, setor responsável pela pesquisa, a população precisa manter a vigilância e destruir todos os criadouros do mosquito. “Nós continuamos orientando todas as pessoas a fazerem uma faxina em suas casas e eliminarem todos os recipientes que favoreçam a proliferação do mosquito”, orienta.

Ainda de acordo com Cartaxo, nesta época do ano os índices tendem a cair. “Mas não podemos achar, de maneira nenhuma, que estamos livres do Aedes. O próximo ano, o Brasil tende a passar por um novo surto, daí a importância de continuarmos alertas e mantermos a vigilância”, conclui.

Mutirões surtiram efeito positivo

De acordo com a Unidade de Endemias, setor ligado a Secretaria Municipal de Saúde, os mutirões de combate ao Aedes aegypti tiveram efeitos positivos. O município realizou mobilizações nos bairros com maior incidência do mosquito, como recolhimento de lixo, visitas domiciliares dos agentes de endemias e palestras educacionais, além da utilização do Carro Fumacê e do esforço das Forças Armadas.