Lixo na rede de esgotos causa prejuízos para a população.

 

O uso inadequado da rede de esgoto é um dos problemas mais recorrentes para o sistema de esgotamento sanitário de uma cidade. Jogar lixo na rede, além de ser crime ambiental, traz enormes prejuízos para o serviço, como entupimentos, extravasamentos, mau odor e contaminação, entre outros. A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), por meio de seus projetos de educação ambiental, tem rotineiramente esclarecido sobre o uso correto do sistema. Um dos exemplos atuais foi o lixo retirado pela Caern na Ponta do Morcego.

Para o sistema de esgotamento sanitário, são considerados como esgoto apenas a água servida após a lavagem de louças e roupas, além das necessidades fisiológicas. As redes não estão preparadas, portanto, para outros materiais, como cotonetes, absorventes e fio dental jogados no vaso sanitário. Até o papel higiênico, se eliminado em grande quantidade, pode causar problemas.

Para eliminar o problema, a Caern precisa ir até o local da obstrução e utilizar uma mangueira de hidrojato, transformando o emaranhado de lixo em pequenos pedaços e fazendo com que a rede volte a funcionar normalmente. Quando o resíduo se torna muito grande, existe a possibilidade de removê-lo completamente.

Além disso, em alguns casos o lixo pode provocar danos às bombas das estações elevatórias, necessitando que o sistema seja paralisado para limpeza, resultando também a extravasamento de esgoto nas vias. Para a Caern, resulta em uma sobrecarga das unidades preliminares de tratamento (grades), maior necessidade de transporte dos resíduos sólidos para os aterros e maior custo operacional, além de maiores custos com equipes de manutenção de rede e eletromecânica. Quem acaba tendo que arcar com estes custos extras é o próprio consumidor.

Quando não obstrui a tubulação, o lixo vai parar na Estação de Tratamento de Esgoto. A ETE do Baldo, por exemplo, recebia no ano passado cerca de 60 mil toneladas de lixo sólido e areia. Todo este material precisa ser retirado dos esgotos e enviado para aterros sanitários (por meio do processo de engradamento), para somente então iniciar o tratamento adequado dos efluentes.

Fonte: Assessoria