A senadora Ana Amélia (PP-RS) será a candidata a vice-presidente na chapa encabeçada por Geraldo Alckmin (PSDB). O martelo foi batido nesta quinta-feira, 2, quando a pepista gaúcha aceitou o convite de Alckmin, segundo lideranças dos partidos que compõem o chamado Centrão e do PSDB. Ela foi indicada pelo grupo, composto por PP, DEM, PR, PRB e Solidariedade, para ser a companheira do tucano na disputa pela Presidência da República.

Geraldo Alckmin tinha a senadora como nome preferido entre os que passaram a ser analisados como possíveis vices desde que o empresário Josué Gomes da Silva, dono da Coteminas e filho do ex-vice-presidente José Alencar, rejeitou compor chapa com ele. Nesta quarta-feira, o presidenciável declarou que a escolha estava entre sete nomes. Por fim, acabou convidando Ana Amélia.

O ex-deputado federal e ex-ministro Aldo Rebelo (SD) era um dos cotados para a vaga, assim como chegaram a ser ventilados, dentro do próprio PP, partido com maior bancada na Câmara entre os do Centrão, os nomes da vice-governadora do Piauí, Margarete Coelho, e do empresário Benjamin Steinbruch, recém-filiado à legenda.

O ex-ministro da Educação e deputado federal Mendonça Filho (DEM-PE) e a deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS) também foram cogitados, mas sofreram resistência dentro do grupo de partidos porque já há um acordo entre as legendas para reconduzir o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ao posto em 2019. Na visão das siglas, acumular a chefia da Casa e a vice-presidência seria “demais” aos demistas.

Ao lado de Ana Amélia, que inicialmente pretendia buscar se reeleger pra o Senado pelo Rio Grande do Sul, Geraldo Alckmin terá um trunfo para recuperar espaço nos estados do Sul do país. Conforme pesquisas de intenção de voto, o senador Alvaro Dias, do Podemos do Paraná, lidera as pesquisas de intenção de voto na região, em cujos estados os candidatos tucanos ao Palácio do Planalto vem sendo os mais votados desde 2006.

“Emparedado” entre o potencial eleitoral de Dias entre os sulistas e o avanço do deputado federal Jair Bolsonaro, presidenciável do PSL, em São Paulo, sua base eleitoral, Alckmin está estacionado nas pesquisas entre 6% e 7% das intenções de voto. Com o apoio recebido do Centrão na corrida presidencial, o ex-governador paulista aposta nos 40% do tempo da propaganda eleitoral em rádio e TV que terá à disposição para atrair os eleitores indecisos e chegar ao segundo turno.

Conforme dados da mais recente pesquisa CNI/Ibope, divulgados nesta quinta-feira, 28% do eleitorado no país dizem não saber em quem votar e 31% afirmam anularão o voto. Os números foram apurados sem apresentar aos entrevistados os nomes dos candidatos à Presidência.

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