Por Talita Fernandes

O presidente eleito Jair Bolsonaro anunciou por meio das redes sociais na manhã desta terça-feira, dia 20, que Wagner de Campos Rosário permanecerá como ministro da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União. Bolsonaro anunciou o nome do ministério apenas como CGU, antiga denominação. A escolha foi anunciada por meio das redes sociais do presidente eleito logo depois de ele ter conversado com Rosário na base aérea em Brasília, ao desembarcar na manhã desta terça-feira na capital federal para atividades do governo de transição.

Rosário assumiu a pasta interinamente em maio de 2017, depois da saída de Torquato Jardim e da recusa de Osmar Serraglio.  Até agora, o futuro governo manteve apenas Rosário da estrutura de primeiro escalão de Temer. Bolsonaro, contudo, já anunciou que Mansueto Almeida seguirá chefiando o Tesouro Nacional e estuda a permanência de Ivan Monteiro, atual presidente da Petrobras, em seu governo, à frente do Banco do Brasil.

UNIFICAÇÃO – A indicação conta com a simpatia de Temer e com o respaldo do ex-juiz Sergio Moro. Inicialmente, o governo do presidente eleito estudava unificar a CGU à Justiça, pasta que será comandada pelo ex-juiz federal da Lava Jato. Os planos mudaram após a avaliação de que haveria excesso de atividades nas mãos de Moro e de críticas de que colocar fim ao status de ministério da CGU poderia comprometer o combate à corrupção.

A avaliação no Palácio do Planalto é de que Rosário trabalhou em sintonia com a Polícia Federal no rastro da Operação Lava Jato, ganhando apoio junto a integrantes da Força Tarefa.  Além disso, o ministro é bem visto pela cúpula militar do novo governo por ter se formado capitão e ter passado pela Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), por onde também passaram, além do próprio Bolsonaro, os generais Hamilton Mourão, vice-presidente eleito, e Augusto Heleno, futuro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).