O presidente eleito Jair Bolsonaro anunciou nesta terça-feira que o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Tarcísio Gomes de Freitas assumirá o Ministério da Infraestrutura.
O anúncio foi feito por Bolsonaro em sua conta no Twitter. Em seguida, Freitas e o presidente eleito concederam entrevista no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do gabinete de transição. “É uma pessoa extremamente qualificada para desempenhar essa difícil missão”, disse Bolsonaro.
Bolsonaro afirmou na entrevista que seu governo pretende começar apenas as obras com orçamento para serem concluídas. “Como regra, nós só começaremos uma nova obra se tivermos realmente recursos para concluí-la”, declarou.
O presidente eleito destacou que há mais de mil obras paradas no país. Disse que a intenção é não abandonar os projetos inacabados. “Não podemos abandonar isso porque custaria muito caro para nós”, disse.
Tarcísio Freitas é consultor legislativo da Câmara dos Deputados. Foi chefe da seção técnica da Companhia de Engenharia do Brasil na Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti, coordenador-geral de Auditoria da Área de Transportes da Controladoria-Geral da União (CGU) e diretor-executivo e diretor-geral do Dnit.
É engenheiro civil formado pelo Instituto Militar de Engenharia, com pós-graduação em gerenciamento de projetos e engenharia de transportes. Segundo o Dnit, o futuro ministro iniciou a carreira no Exército e ingressou por concurso no quadro de auditores da CGU. Também atuou como engenheiro da Companhia de Engenharia Brasileira na Missão de Paz no Haiti.
O primeiro nome cotado para chefiar a pasta de Infraestrutura foi o do general da reserva do Exército Oswaldo Ferreira, que trabalhou na campanha de Bolsonaro e atua na equipe de transição. Mas ele optou por não assumir a pasta.

Segundo Tarcísio Freitas, a pasta de Infraestrutura ficará com a estrutura do atual Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. Ele disse que pretende “intensificar” parcerias com o setor privado. A “recomendação” no ministério é “resolver problemas de logística” para gerar empregos.

“Vamos intensificar as parcerias em rodovias, ferrovias e aeroportos, tal qual está sendo feito hoje. Isso vai ser intensificado. A ideia é trazer o setor privado para a área de infraestrutura”, declarou. O futuro ministro estará diretamente envolvido no leilão dos próximos 12 aeroportos e da Ferrovia Norte-Sul. O edital dos aeroportos foi aprovado nesta terça-feira pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Fonte: G1