Por Francisco Bendl      

O corte nas verbas de publicidade do governo, anunciado por Bolsonaro como uma das tantas despesas que serão contidas, evidencia, de forma escancarada, a troca de interesses entre a mídia e o Executivo. O toma lá dá cá seria muito simples: quanto mais verbas de publicidade gastas com certos veículos de comunicação, mais haveria reportagens favoráveis, afora as institucionais.

Como consequência desse “negócio”, indubitavelmente que notícias importantes, reportagens esclarecedoras, deixaram de ser postadas porque iriam ferir interesses e conveniências governamentais, contribuindo para que a corrupção mais se alastrasse e se fortificasse!

BOMBARDEIO – Essa cumplicidade tende a terminar. E lamento que Bolsonaro venha a sofrer um bombardeio pesado da imprensa, uma atuação que deveria ter sido efetivada no passado pela mídia, porém deixada de lado em face do comércio estabelecido entre o Planalto e certas organizações jornalísticas.

Bom, não é por nada que nas duas administrações petistas simplesmente as reportagens investigativas desapareceram, em flagrante colaboração com o PT, porque o dinheiro jorrava para publicidade com intuito de enaltecer o partido, seus dirigentes, Lula e Dilma.

ALTERNATIVAS – Se a fonte secar, e até a mídia encontrar novos recursos para se manter, afirmo que dependerá muito de como decidir atuar daqui para frente.

Se confrontar o governo por pura vingança, cavará sua própria cova. Mas se veicular verdades, voltará a merecer a confiança do brasileiro, haja vista a imensa perda de credibilidade que a imprensa nacional tem sofrido ultimamente, e pelo seu demérito.