Por Ricardo Brandt, Luiz Vassallo e Pedro Prata / Estadão

Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

Sob fogo cerrado de opositores da Lava Jato, o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa no Paraná, comparou a grande reação à maior investigação já desencadeada no País contra a corrupção ao movimento que colocou em xeque a Operação Mãos Limpas – missão similar que a Itália viveu nos anos 1990 e acabou esvaziada por forças políticas.

Em sua conta no Twitter, Deltan Dallagnol postou. “Vejo um movimento de reação como o que aconteceu na Itália, em que se busca tirar a credibilidade de agentes públicos que atuam na operação.”

Dallagnol avalia que o objetivo de quem o fustiga a Lava Jato é ‘promover os retrocessos que possam permitir que poderosos que praticaram crimes graves alcancem impunidade’.

Na próxima terça-feira, dia 13, o Conselho Nacional do Ministério Público pode pôr em pauta um eventual afastamento de Deltan Dallagnol da Lava Jato. Ele tem sido alvo frequente de reclamações perante o colegiado, mas conta com apoio irrestrito da procuradora-geral Raquel Dodge.